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10 de novembro de 2010

La rébéllion éphémère du Street art (The ephemeral rebellion)

Ce matin Arté nous propose un magnifique documentaire sur le street art. Si vous avez le temps prenez un bon café, un thé ou une pose exceptionnelle au travail pour regarder La rébellion éphémère du Street art (The ephemeral rebellion).

Documentaire écrit et réalisé par Cantu Benjamin & Anne Bürger qui ont emmené leurs caméras dans les capitales du street art, Paris, Berlin, New york et Moscou.
Nous pouvons voir Swoon, Brad Downey, Blek the Rat, Nomad, ZASD, Princess Hijab, Igor P., David T. Oganian, Raphael Suriani et bien d’autres, face à leur travail et la manière d’en être arrivé là.
Le documentaire soulève plusieurs points importants, notamment la façon dont la transgression s’effectue, la réaction des autorités, la création des oeuvres et surtout ce côté de plus en plus éphémère, exposées à la destruction par l’autorité publique et à la convoitise des amateurs ou des spéculateurs.
A voir des que vous en avez le temps, d’ailleurs je termine vite cette article et j’y retourne.

Tristan.

in Journal du Design

Street Art — The Ephemeral Rebellion from Stephan Norilsky on Vimeo.


19 de agosto de 2010

Painéis solares ou melhor telhas solares

A geração de aproveitamento de energia solar por meio de células fotovoltaicas não é propriamente perfeita, ainda apresenta algumas lacunas que poderiam e devem ser melhoradas.
  • A discrepância do investimento inicial com o retorno da venda de energia à rede.
  • A dificuldade em encontrar pessoal especializado na instalação e manutenção dos painéis solares.
  • A estética inflexível dos painéis solares.

Todos os arquitectos vão ter de começar a incluir os painéis no seu desenho projectual e têm, como no século passado, de se ajustar, seguir e impulsionar as novas tecnologias.





Já existem muitas manhas e artimanhas para não incluir os painéis nas habitações sendo a mais usada a desenhar coberturas tão inclinadas que deixa de ser seguro ter nelas os ditos painéis. Não acredito que a única razão de não pensar em colocar os painéis seja meramente uma questão de tempo (preguiça) mas mais uma questão estética.

Tendo em conta esta problemática da estética dos painéis existe agora uma nova solução. É algo ainda muito primitivo mas que nos abre novos horizontes para que daqui a uns anos haja novas e mais estimulantes soluções no que diz respeito às energias renováveis.



Essa nova solução é da SRS Energy que criou a Solé Power Tiles. Não têm aquele impacto visual que estamos habituados a ver no topo do edifícios mas tem um carácter camalionico que tenta dissimular a percepção do mesmo. É constituído por uma rede curva de fotovoltaicas, cuja aparência relembra telhas.






21 de abril de 2010

O letreiro da colina de Hollywood vira hotel

Depois de tanta polémica à volta da venda dos lotes referentes ao letreiro de Hollywood, uma vez que se temia que esse marco iconográfico do cinema americano poderia desaparecer, eis que chega uma solução. O arquitecto Christian Bay-Jorgenson surgere que se transforme o letreiro num gigante Hotel. Essa mudança fará duplicar o tamanho das letras actuais e dará pontos de vista privilegiados da cidade. Aposto que R. Venturi apoiaria este projecto.









24 de fevereiro de 2010

entrevista a Peter Eisenman

Aronoff Center for Design and Art , Universidade de Cincinnati.



Arquitecto Peter Eisenman Entrevista e texto por Fredy Massad e Alicia Guerrero Yeste “Rem Koolhaas, Jacques Herzog, Zaha Hadid, eu: adquirimos o prestígio de sermos capazes de produzir obras simbólicas. Na Europa, os políticos não nos perguntam o quê estamos fazendo, apenas nos dizem faça-o. Querem um símbolo”, afirma Peter Eisenman, um dos nomes fundamentais da arquitectura contemporânea, em seu estúdio em Nova York. Referido constantemente como o representante quase paradigmático das tendências sob as quais foi definido o comportamento da arquitectura nas últimas décadas, Eisenman opta (aos setenta e três anos) por se auto-aplicar a mais despojada e essencial definição do seu fazer: a de arquitecto. “Podem me qualificar de arquitecto crítico ou arquitecto desconstrutivista, mas eu entendo que o que faço é simplesmente pura arquitectura. Quero estar no centro do que é necessário para a disciplina e não em sua margem. Por isso, resisto em ser incluído em uma categoria que não a da própria arquitectura”. “Creio na permanência da disciplina. Creio que sei tanto da disciplina como qualquer outro arquitecto em exercício e, às vezes, me considero também um estudante de arquitectura. Nesse sentido, me considero uma pessoa conservadora. Mas não no que diz respeito ao estilo ou às teorias”.

Habitação colectiva, IBA, Berlim.



Estádio Desportivo de La Coruña.


Cidade da Cultura, Santiago de Compostela, análise volumétrica.



Cidade da Cultura, Santiago de Compostela, maquete do concurso de 1999.

Fredy Massad e Alicia Guerrero Yeste: A eleição de seu projeto para a Cidade da Cultura em Santiago de Compostela comprova que no governo galego anterior havia o desejo de fazer algo arquitetonicamente diferenciado.

Peter Eisenman: É verdade. Não devemos nos esquecer que o resultado de um concurso indica que o arquiteto está autorizado a mudar as coisas: em um concurso, cada um pode propor o que bem entender. Ao receber a encomenda diretamente de uma Prefeitura ou de um governo, eles estão dizendo: “Queremos um Eisenman. Construamos um”. O que se torna interessante para mim em um concurso é que acabe em um projeto difícil de ser definido como um “Peter Eisenman”. O projeto que estamos fazendo em Santiago é surpreendente. Será concluído em 2008. Quisera eu pensar que a arquitetura de Eisenman é diferente, não melhor, do que qualquer outra arquitetura. Quem for a Santiago verá o quê faz Eisenman e comprovará que é diferente. Isso é crucial. Mas os outros devem dizê-lo; eu não posso descrever o por quê.

[Eurófilo, Eisenman considera que Nova York ”tem uma escassa cultura arquitetônica quando comparada a Roma, Berlim, Londres ou Paris e quando surge um grande concurso como o convocado para o World Trade Center, os interesses políticos acabam por destroçá-lo. Nova York me encanta, mas, como arquiteto, sou um extraterrestre” – afirma.]

FM/AGY: Compartilha da fascinação arquitetônica de Rem Koolhaas pela metrópole asiática contemporânea?

PE: Não. É horrível o que tem se passado na China e no Extremo Oriente. Não me interessa envolver-me nisso. Japão é outra coisa: é um lugar sofisticado para se trabalhar. Mas não a China. Creio que a afirmação de Koolhaas poderia ser comparada à que eu fiz, quando disse que queria trabalhar na Albânia ou na Namíbia. Sem dúvida, a América Latina é diferente. Parece-me um lugar extraordinário. Há uma grande energia no México, São Paulo é uma cidade maravilhosa, na qual ficaria muito feliz em trabalhar. Mas, por outro lado, ainda que goste, tenho a impressão que Buenos Aires é uma cidade excessivamente conservadora.

FM/AGY: E a Europa?

PE: Há diferenças entre cidades. Prefiro a energia de Milão à de Roma. Creio que a energia de Madrid é melhor que a de Barcelona. E penso isso ocorra porque Barcelona e Roma são cidades mediterrâneas. Madrid e Milão não são mediterrâneas. O Mediterrâneo é também um problema. Gosto de Nápoles e da Sicília, mas não gostaria de construir ali.

[Reconhece a dificuldade implícita no trabalho de prosseguir construindo um pensamento forte que sustente e evolua até a ação: “Talvez me ocorra uma idéia nova por ano. É difícil desenvolver novas idéias quando se está trabalhando em vários projetos distintos em um mesmo ano”, afirma Peter Eisenman, em uma plenitude criativa e intelectual feita de experiência e fascinação pela Arquitetura.]


Cidade da Cultura, Santiago de Compostela, cobertura da hemeroteca em obras.



Cidade da Cultura, Santiago de Compostela.

Peter Eisenman

Peter Eisenman nasceu em 1932 em Newark, Nova Jersey. Arquitecto pela Universidade de Cornell, obteve um Master em Arquitectura na Universidade de Columbia e um Master em Arquitectura e um título de Doutor em Filosofia pela Universidade de Cambridge. Foi um dos dois arquitectos eleitos para representar os Estados Unidos na Quinta Exposição Internacional de Arquitectura da Bienal de Veneza de 1991. Eisenman foi fundador e, até 1982, director do Instituto de Arquitectura e Estudos Urbanos. Recebeu numerosos prémios e distinções, entre outros o Guggenheim Fellowship, o Brunner Award da Academia Americana de Artes e Letras, e o Leão de Pedra (primeiro prémio) na Terceira Bienal Internacional de Veneza (1985). Foi-lhe concedido o National Honor Award do Instituto Americano de Arquitectos (AIA), em 1983, pelo projecto do Centro Wexner para a Universidade de Ohio, Columbus (1989), e, em 1991, pela Sede da Koizumi Sangyo Corporation, Tóquio (1990). Foi professor nas Universidades de Cambridge, Princeton, Yale, Ohio e Harvard. Eisenman é autor de vários livros, entre os quais se incluem House X (Rizzoli), Fin d'Ou T HouS (The Architectural Association), Moving Arrows, Eros and Other Errors (The Architectural Association), e Houses of Cards (Oxford University Press). Dirigiu as publicações Oppositions Journal e Oppositions Books, e publicou numerosos ensaios e artigos sobre teoria arquitectónica em revistas e publicações internacionais.

Fredy Massad e Alicia Guerrero Yeste

Fredy Massad e Alicia Guerrero Yeste, titulares do escritório ¿btbW, são autores do livro “Enric Miralles: Metamorfosi do paesaggio”, editora Testo & Immagine, 2004

Entrevista

Entrevista com Peter Eisenman foi realizada por Fredy Massad e Alicia Guerrero Yeste em Abril de 2005. Este texto é uma versão ampliada pelos autores do artigo publicado com o título “Eisenman, teórico y prático” no suplemento ABCDe las Artes y las Letras do periódico “ABC”, Madri, 13 de Agosto de 2005. A entrevista foi disponibilizada em Vitruvius em Agosto de 2005.

Fotos

Eisenman Architects

Cidade da Cultura, Santiago de Compostela, hemeroteca/biblioteca.


fonte: portal Vitruvios